terça-feira, 3 de setembro de 2019

Anticast, Projeto Humanos, Tribo Forte e Cafeína Compilada

De acordo com a mais recente PodPesquisa (a de 2018), o Anticast é o quarto podcast mais escutado no Brasil. O criador do Anticast, Ivan Mizanzuk, é também criador do podcast Projeto Humanos. A quarta temporada do Projeto Humanos, sobre o Caso Evandro, estourou e talvez hoje seja até mais famoso do que o Anticast. O Caso Evandro vai virar série documental e livro.

O aplicativo Spotify tem um ranking (Podcast Charts) de podcasts brasileiros. Neste exato momento em que escrevo (não sei a periodicidade do ranking), Projeto Humanos está na posição 45 e Anticast na posição 47.

O podcast Tribo Forte aparece na posição 102 da PodPesquisa. Foi criado por Rodrigo Polesso e conta como convidado regular o Dr. José Carlos Souto, autor do blog Ciência Low-Carb.

O que estes três podcasts têm em comum? Foram criados por egressos da UTFPR.

Ivan Mizanzuk é Doutor em Tecnologia e Sociedade pelo PPGTE-UTFPR (leia a tese dele aqui). Ele fez o curso entre 2010 e 2015. Ambos os podcasts foram criados enquanto ele foi aluno da UTFPR: Anticast em 2011 e Projeto Humanos em agosto de 2015. Mas, ao que tudo indica, sem qualquer ligação com seu doutorado na UTFPR.

Rodrigo Polesso é formado em Tecnologia em Informática pelo DAINF-UTFPR, tendo ingressado no segundo semestre de 2002 e se formado em 2007. O site Tribo Forte, que depois deu origem ao podcast, foi criado apenas em 2016. Hoje o trabalho de Rodrigo Polesso cresceu tanto que ele organiza eventos, como o Tribo Forte Ao Vivo, e escreveu um livro que aparece em algumas listas de livros mais vendidos. Neste exato momento, na Amazon, o livro está em:

  • Nº1 na categoria "Dietas Saúde, Boa Forma e Dieta"
  • Nº1 na categoria "Vida saudável e bem-estar"
Um outro podcast nascido na UTFPR é o Cafeína Compilada. É "um projeto de alunos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campo Mourão" que  "tem como objetivo divulgar ciência com foco em computação usando linguagem acessível e de maneira descontraída, mostrando sua aplicação nos mais diversos contextos do nosso cotidiano." Ainda não é um sucesso como os outros três acima, mas tem episódios ótimos como este sobre Comunidades Open Source entrevistando o professor Igor Wiese

Em breve teremos também o Emílias Podcast. Aguardem.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Os problemas com a Academia

Abaixo posto alsguns trechos sobre Academia (Universidades e Instituições de Pesquisa) de "Arriscando a Própria Pele", de Nassim Nicholas Taleb. Leia o livro! Estes trechos são apenas um lembrete para mim.



(…) Um chefe de departamento um dia veio até mim e me disse: “Da mesma forma que, enquanto empresário e autor, você é julgado por outros empresários e autores aqui, como acadêmico, você é julgado por outros acadêmicos. A vida é sobre avaliação por pares.”. Não, empresários como tomadores de risco não estão sujeitos ao julgamento de outros empresários, apenas ao de seu contador pessoal.
Você pode definir uma pessoa livre precisamente como alguém cujo destino não é central ou diretamente dependente da avaliação por pares
Ser revisado ou avaliado por outros importa apenas se e somente se alguém estiver sujeito ao julgamento de futuros - não apenas atuais - outros. 
Os pares contemporâneos são colaboradores valiosos, não juízes finais. 
De fato, há algo pior do que a avaliação por pares: a burocratização da atividade cria uma classe de novos juízes: administradores universitários, que não têm ideia do que alguém está fazendo, exceto por meio de sinais externos, e se tornam os árbitros reais. 
A academia tem uma tendência, quando não controlada (pela falta de pele em jogo), a evoluir para um jogo de publicação auto-referencial ritualístico. 
Agora, enquanto a academia se transformou em uma competição atlética, Wittgenstein manteve o ponto de vista exatamente oposto: no mínimo, o conhecimento é o contrário de uma competição esportiva. Em filosofia, o vencedor é aquele que termina por último, disse ele. 
Qualquer coisa que cheira a competição destrói o conhecimento. 
Deve-se dar mais peso à pesquisa que, apesar de ser rigorosa, contradiz outros pares, particularmente se implicar custos e danos à reputação de seu autor.
Alguém com uma grande presença pública que é controverso e assume riscos por sua opinião é menos provável que seja um vendedor de bobagens. A desprostitucionalização da pesquisa será eventualmente feita da seguinte maneira. Forçar as pessoas que querem fazer “pesquisa” a fazê-lo em seu próprio tempo, isto é, a obter sua renda de outras fontes. Sacrifício é necessário. Para que sua pesquisa seja genuína, eles devem primeiro ter um emprego diário, ou pelo menos passar dez anos como: fabricante de lentes, atendente de patentes, operador da máfia, apostador profissional, carteiro, agente penitenciário, médico, motorista de limusine, membro de milícia, agente do serviço social, advogado, agricultor, chef de restaurante, garçom de alto volume, bombeiro (meu favorito), faroleiro, etc., enquanto eles estão construindo suas idéias originais. 
Não tenho nenhuma simpatia por pesquisadores profissionais chorões. Lembre-se de que a ciência é uma regra da minoria: poucos vão comandar o show e fazê-la funcionar, os outros são apenas os soldados da retaguarda.
As ideias precisam ter pele em jogo. Você sabe que uma ideia falhará se não for útil e, portanto, vulnerável à falsificação do tempo.

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Versão inicial em inglês: http://www.dainf.ct.utfpr.edu.br/~adolfo/dokuwiki/doku.php?id=blog:the_problems_with_academia
Tuitada em

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Calistenia ou Treino de Força com Halteres

Calistenia, segundo Mark Rippetoe, não exige da pessoa tanto quanto o treino de força com halteres. Como você usa o peso do próprio corpo, chega um momento em que você não consegue mais evoluir.

Concordo, mas eu não cheguei a este ponto ainda. E "o ótimo é inimigo do bom", como repete tantas vezes o Dr. José Carlos Souto no podcast Tribo Forte.

Sendo assim, vou tentar fazer as duas coisas em paralelo: calistenia nas praças de Curitiba em que há barras e equipamentos para isso, treino de força com halteres (orientado pelo livro Starting Strength de Mark Rippetoe) em casa.

Um dos problemas adicionais do treino com halteres é o custo. Anilhas são caras. Outro problema é treinar em local fechado, que é chato. Mais um problema: e se você estiver cometendo um erro? Quem vai perceber? Um erro com bastante peso pode ser perigoso.

Observação adicional: vi 5 moradores de rua na praça em que fiz calistenia hoje. Está aumentando ainda mais a população de rua em Curitiba?

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Mansplaining


Participei nesta da Oficina "O que é? O que é? Novos nomes para comportamentos antigos" que faz parte da IX SEMANA DE FORMAÇÃO DOCENTE da UTFPR Curitiba.


O que é? O que é? Novos nomes para comportamentos antigos Palestrantes:
  • Sílvia Amélia Bim
  • Rita Berardi
Descrição
A oficina “O que é? O que é? Novos nomes para comportamentos antigos” é ofertada para docentes e demais servidores(as) da UTFPR-CT. Nela o(a) participante relaciona termos para nomear comportamentos de violência de gênero com suas respectivas definições, identifica os termos em cenas da ficção, dá exemplos e discute situações do contexto de trabalho onde tais comportamentos podem ser vivenciados. A partir da discussão o(a) participante modifica as cenas para que a violência de gênero seja mitigada ou excluída. Ao final, o(a) participante é capaz de aplicar os conhecimentos adquiridos na oficin a no seu dia a dia.

Durante a oficina foram apresentados e discutidos os termos:
  • Mansplaining
  • Manterrupting
  • Bropropriating
  • Gaslighting 

Encontrei hoje dois vídeos relacionados aos termos acima:

Mansplaining, Porta dos Fundos, de ontem (14/2/19)
Também inclui Manterrupting, Gaslighting e Bropropriation
No vídeo abaixo, uma deputada americana é interrompida várias vezes por um funcionário do governo americano que está prestando depoimento.
Por volta de 40 a 50 segundos, ela faz uma pausa, ele a interrompe. Ela tem que se impor para que ele não tome a palavra dela:
https://youtu.be/x9ma9UamOGE?t=32


Mapas Conceituais

Participei hoje da Oficina "Como representar minha disciplina por meio de um mapa conceitual?" que faz parte da IX SEMANA DE FORMAÇÃO DOCENTE da UTFPR Curitiba.

Como representar minha disciplina por meio de um mapa conceitual?sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019 08:30 às 12:00
Rita de Cássia da Veiga Marriott (Palestrante)
Resumo:
Os mapas conceituais (MCs), além de serem uma poderosa ferramenta para o ensino e aprendizagem, também são uma forma eficaz e prática de expressar conteúdo. Nesta oficina iniciaremos apresentando brevemente sua origem (Novak, anos 70), suas características e potencial para expressar conteúdos, para então trabalharmos na construção de MCs para representar as disciplinas ofertadas pelos docentes participantes. Com o MC de sua disciplina (ilustrado em apenas 1 página de A4) os docentes poderão contrastar com o MC de outras disciplinas a fim ou sequenciadas com o intuito de observar o conteúdo pro gramático abordado, isto é, como as disciplinas se complementam e progridem, ou se elas se duplicam ou deixam de contemplar algum conteúdo essencial. Uma visão global da abrangência conteudística das disciplinas de um curso possibilitará uma composição mais planejada de sua grade curricular em benefício dos discentes e do curso em questão.
Abaixo os mapas que fiz durante a oficina:





sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

O que tenho de útil no meu celular?

Muito se fala sobre a perda de tempo com celulares. É verdade. Mas também há muito de útil no celular que eu não conseguiria de outra forma com facilidade:
- Aplicativos de mobilidade: tanto os para chamar táxis e assemelhados, quanto os para traçar rotas e conhecer horários de ônibus.
- Câmera fotográfica: muitas vezes é útil tirar foto de algo.
- Lanterna: não é muito prático levar uma lanterna de verdade por aí, não é?
- Lupa: a câmera funciona também como uma lupa.
- Comunicadores: podem evitar uma ligação, mas também podem te encher de lixo e fake news.
- Aplicativos para exercícios
- Aplicativos para email
- Aplicativos de previsão do tempo
- Aplicativos para agenda
- Aplicativos para audiolivros
- Aplicativos para escutar podcasts
- Aplicativos para bancos e cartões de crédito
- Browsers para buscas rápidas
- Aplicativos para leitura offline de textos da internet
- Redes sociais de leitores
- Gravador de voz

Será que o uso destes aplicativos compensa os riscos de usar o celular?


O que eu gostaria de conseguir fazer em 2019?

Trabalhar mais em pé, o que estou fazendo agora. Quando não der, usar um banco ou algo que não me permita ficar numa posição prejudicial para minha postura, minha coluna.

Descartar muito do lixo visual que tenho em minha sala de trabalho. Talvez doar (ou vender) livros que não são necessários (ou que não me dão alegria, nas palavras de Marie Kondo).

Trabalhar mais tempo em regime de Deep Work (Trabalho Focado - conforme livro de Cal Newport). Será que para isso vou ter que fazer contabilidade do tempo dedicado a Deep Work, como sugere Cal? Ou usar alguma técnica de formação de hábitos, incluindo recompensas, como sugere Charles Duhigg? Ou usar mais outros espaços que não minha sala (onde sou muito interrompido)?

Fortalecer o hábito da escrita de forma mais organizada. Já escrevo bastante mas os escritos ficam perdidos. Dois pontos que preciso fortalecer:
- Escrever direto no computador ou ao menos passar para o computador o que escrevi no papel
- Editar documentos antigos. Muitas vezes escrevo e deixo lá. Edição é fundamental. Escrever e reescrever sempre.

Buscar opções de antifragilidade. Esta parte vou deixar meio obscura mesmo.

Cuidar mais e melhor da minha saúde fazendo jejum intermitente mais vezes. Talvez experimentar com uma dieta carnívora ou ao menos cetogênica (no momento tento fazer algo mais paleo-lowcarb, mas sem muito rigor).

Fazer mais exercícios de força, com halteres, seguindo os ensinamentos de Mark Rippetoe. Mas como e onde? Mark diz que lendo o livro dá para aprender. E tem vários vídeos dele no YouTube também. Porém, com a evolução dos pesos talvez eu precise do espaço de uma academia.

Acompanhar política com menos regularidade. É preciso informar-se todo dia?