quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Análise de "Levantamento inédito revela sites e páginas no Facebook que podem influenciar a eleição com fake news", de Pablo Ortellado e Márcio Moretto Ribeiro

Análise de  Levantamento inédito revela sites e páginas no Facebook que podem influenciar a eleição com fake news, de Pablo Ortellado e Márcio Moretto Ribeiro.

Podcast relacionado a este tema:
 "Fake News" - Qual é o nome deste podcast? Episódio 1


Primeiro parágrafo do texto



Não vejo qual a dúvida com o termo notícia falsa (nem deveria ser no plural, pois "news" em inglês não é exatamente plural. Não existe a palavra "new" com signficado de notícia) .

Notícia falsa é algo que parece uma notícia mas é falsa. OK, existem muitos sites e páginas na internet que influenciam a política e que os adversários chamam de propagadores de fake news (notícia falsa em inglês). Mas talvez o caso aqui seja de dar um nome diferente a estes sites, não simplesmente carimbar todos os sites com o rótulo "fake news".

Os próprios autores do texto admitem que alguns sites não propagam mentiras ("Alguns veiculam mentiras — nem todos e nem sempre."). Vejam no segundo parágrafo do texto:



No texto acusam o site Duplo Expresso (que não é de notícias) de ser de Presidente Prudente:



Todo mundo que acompanha o site sabe que os dois principais mantenedores do site moram na Europa (Suécia e Suíça). Uma busca no ICANN WHOIS (ver abaixo) mostra que o site foi registrado com endereço da Dinamarca. De onde veio a informação Presidente Prudente?


 


No texto abaixo talvez eu tenha sido duro demais. A inclusão do Duplo Expresso tem toda a cara de erro de digitação. Mas apontei mais dois problemas que acho graves:

  • Por que só incluíram pequenos sites?
  • O veículo escolhido foi péssimo.  Conflito de Interesse claro, óbvio.


quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Accelerating you academic career and publishing in top journals

Talk given by professor Ian Hodgkinson at UTFPR Curitiba today (August 22nd, 2018).

Main takeaways

You must have a Research Pipeline.  The aim is to always have something under review. You will reap rewards from your current effort in 2 a 6 years. Don't expect immediate gratification. Submit to a mixture of mid-range and high-end journals.

Visualize you ideas to keep focus. Have something like a Kanban board (at your office or at home) displaying your research ideas.

Profile Building. Besides going to conferences and workshops,  have a profile on Academia, Research Gate and Google Scholar.

Do some research related activity everyday (except weekends) for at least 20 minutes.

Keep your CV up-to-date.

Read the Introduction from papers published in the best journals of your area. Imitate how they do that.

My  handwritten notes are here. The image below is the first page.








Internacionalização da pós-graduação: perguntas e minhas respostas provisórias

Devemos ministrar disciplinas de pós-graduação em outras línguas?

Talvez, se houver a possibilidade de termos alunos do exterior (seja presencialmente ou à distância). Meu colega Alexandre Graeml já ofertou uma disciplina desta forma e pessoas de outras partes do mundo assistiam via YouTube.

Os alunos devem escrever teses e dissertações em inglês?

Eu sempre fui a favor de que sim, mas agora estou em dúvida. Fiz esta pergunta pois fui convidado recentemente para duas bancas (uma de mestrado e outra de doutorado) em que a dissertação/tese foi escrita em inglês e não foi fácil ler, pois os autores não escreviam um inglês perfeito (como eu também não escrevo). É papel da banca corrigir o inglês?

Escrevi minha dissertação de mestrado em inglês, minha tese de doutorado em inglês. Alguém citou? Não. Quando citam, citam os artigos que resultaram da tese (não publiquei nada no mestrado -- outros tempos). Por outro lado, a minha tese já teve 440 downloads no site da USP.

Já a tese do Zanoni Dias teve 13 citações no Scholar. A tese do João Marcos teve 26 citações no mesmo Scholar. Talvez o problema seja a minha tese...

Gilson Volpato considera um mau hábito citar dissertações e teses (são "gray literature"). Elas não foram submetidas a um peer review anônimo portanto sua qualidade é questionável. Esta talvez seja mais uma razão para não escrever a dissertação ou tese em inglês, apenas focar-se em escrever, com ótimo inglês, talvez contando com ajuda de revisores da língua, bons artigos a serem submetidos a revistas internacionais.

PS:   Uma outra razão para a tese ou dissertação estar em inglês é se for dupla diplomação, com banca composta também por estrangeiros. Já vi isso acontecer no Doutorado em Filosofia da UNICAMP. Neste caso, como diz o professor Volpato, é obrigatório.

Os alunos devem escrever e publicar artigos em inglês? 

Acho que não há nenhuma dúvida razoável aqui. A resposta é sim pois a Ciência é internacional. E não basta escrever o artigo em inglês. O artigo deve ser publicado em revista internacional. Veja mais sobre isso nos livros de Gilson Volpato.



Outras perguntas para as quais não tenho resposta detalhada, apenas uma resposta direta.

Os sites dos programas devem estar também em inglês? Sim.

Devemos reduzir a burocracia para maior intercâmbio com alunos e professores do exterior? Sim.

Devemos usar critérios internacionais para avaliar a pós-graduação?  Sim, mas tendo cuidado para não repetir erros.