quinta-feira, 24 de julho de 2025

Resultado do Concurso de Teses e Dissertações da SBC em 2025

Parabéns aos vencedores, coordenadores (Jussara Almeida, Eduardo Cardoso Moraes e Leo Fernandes) e revisores do Concurso de Teses e Dissertações do 45∘ Congresso da Sociedade Brasileira de Computação! https://csbc.sbc.org.br/2025/ctd


Estes foram os resultados:

Melhores Dissertações de Mestrado:
🥉 3º Lugar: Luigi Fernando Marques da Luz
Título: "Enhancing Cybersecurity of Automotive Ethernet Networks with Deep Learning-based Intrusion Detection Systems"
Orientadores: Divanilson Rodrigo de Sousa Campelo e Paulo Freitas de Araujo-Filho
Universidade Federal de Pernambuco
🥈 2º Lugar: Guilherme Adamatti Bridi
Título: "A Statistical Approach to Analyzing the Quantum Alternating Operator Ansatz with Grover Mixer"
Orientador: Franklin de Lima Marquezino
Universidade Federal do Rio de Janeiro
🥇 1º Lugar: Laura Quevedo Jurgina
Título: "Alfaba: Desenvolvimento de uma Ferramenta Multissensorial com Interface Tangível para o Suporte à Alfabetização de Crianças com Dislexia"
Orientadores: Tiago Thompsen Primo e Marilton Sanchotene de Aguiar
Universidade Federal de Pelotas

Melhores Teses de Doutorado:
🥉 3º Lugar: Alexsandro Oliveira Alexandrino
Título: "Variações do Problema de Distância de Rearranjos"
Orientadores: Zanoni Dias e Ulisses Martins Dias
Universidade Estadual de Campinas
🥈 2º Lugar: Washington Luiz Miranda da Cunha
Título: "A Comprehensive Exploitation of Instance Selection Methods for Automatic Text Classification"
Orientadores: Marcos André Gonçalves e Leonardo Chaves Dutra da Rocha
Universidade Federal de Minas Gerais
🥇 1º Lugar: Gabriel Capiteli Bertocco
Título: "Self-supervised learning for fully unsupervised re-identification in real-world applications"
Orientadores: Anderson Rocha e Fernanda Alcântara Andaló
Universidade Estadual de Campinas

Parabéns a todos os premiados e também aos selecionados pelos ótimos trabalhos de mestrado e doutorado em computação!

Espero que no futuro possamos ter também apresentações online e que haja uma categoria extra para mestrados e doutorados profissionais.

domingo, 29 de junho de 2025

A próxima fronteira é a Ciência Aberta, Fernanda Madeiral (CIn - UFPE)

 Na minha visão, a próxima fronteira é algo maior, que não inclui só engenharia de software: é a ciência aberta. Desde o meu doutorado, eu já tinha interesse no tema, principalmente no sentido de tornar os artefatos de pesquisa disponíveis e os artigos abertos no Arxiv, como você mencionou anteriormente, mas nunca tinha feito pesquisa sobre isso. Há mais ou menos um ano e meio, fui convidada pelo Sérgio Soares, da Federal de Pernambuco, para uma colaboração no projeto de doutorado de uma aluna dele, que agora também é minha aluna, eu sou coorientador dela, Ana Paula Vasconcelos, pra fazer pesquisa em Ciência Aberta. Inclusive, já tivemos nosso primeiro artigo submetido.

Mais recentemente ainda, o Sérgio e eu começamos a colaborar também com outros pesquisadores brasileiros que foram os pesquisadores brasileiros que na verdade levaram o Workshop de Open Science para o CBSOFT: Christina Von Flach, da Federal da Bahia, e o Edson Júnior Oliveira, da UEM, e também o Alcemir Rodrigues Santos, da Universidade Estadual do Piauí.

A ciência aberta é muito importante para a construção de conhecimento em projetos de pesquisa. Ela ajuda na disseminação, por exemplo, se colocamos o pré-print do artigo no Arxic mais cedo, o que também ajuda a garantir a originalidade pela data de registro. Além disso, auxilia na reprodução de estudos, que é uma necessidade grande, pois nenhum estudo é definitivo. No entanto, esse tópico não é tão explorado, especialmente em engenharia de software. Às vezes encontro artigos sobre o tema que não são de pesquisadores da nossa área, o que acho estranho porque nós construímos muitos protótipos e ferramentas, então deveríamos ser muito bons em advogar e compartilhar bons repositórios com nossos dados e ferramentas, mas não existe nem pesquisa para avaliar se estamos de fato fazendo isso.

Veja que estou falando de duas coisas: a aplicação de ciência aberta e a pesquisa sobre ciência aberta. O trabalho da Ana Paula é sobre isso; ela está investigando como o compartilhamento de artefatos tem ocorrido no contexto do ICSE, para vermos em que pé a comunidade de engenharia de software está no sentido de abrir a pesquisa e torná-la utilizável para outras pessoas, para outros pesquisadores.

Na minha visão, a ciência aberta vai ganhar muito espaço nos próximos anos. Em alguns países, como aqui na Holanda, isso já está começando a ser uma exigência das agências de fomento. Ao escrever um projeto de pesquisa para pedir financiamento, você já tem que incluir um plano de como vai armazenar e distribuir dados e software. Se queremos conseguir o dinheiro para contratar um aluno de doutorado, precisamos considerar a ciência aberta, e acho que isso vai fazer com que os pesquisadores não a negligenciem. No entanto, apesar de eu achar que haverá uma mudança razoável em engenharia de software em poucos anos, acredito que para atingir o potencial máximo, o caminho é longo. Isso é uma mudança de cultura. Em vez de pensarmos só no artigo que precisa ser aceito, é um jeito diferente de fazer pesquisa, compartilhando tudo. Desde o início, já temos que ter isso em mente e planejar.
Existe um caminho longo para conseguirmos abraçar de fato a ciência aberta, várias coisas são necessárias. Discutindo com as pessoas com quem tenho colaborado, chegamos à conclusão de que precisamos de mais consciência e melhor educação sobre o tema. Além disso, necessitamos de sistemas de reconhecimento melhores. Em concursos no Brasil, por exemplo, o que conta são os artigos publicados, não importa se você tem um repositório brilhando e utilizável. Este é um exemplo do Brasil, mas, no geral, no mundo, precisamos de um reconhecimento que avalie os pesquisadores também pelo que eles fazem pela ciência aberta. Então, eu diria que essa seria a próxima fronteira, na minha visão.


Veja vídeo em https://dev.to/fronteirases/a-proxima-fronteira-e-a-ciencia-aberta-fernanda-madeiral-cin-ufpe-2jne

Ciência Aberta: Um Chamado para Pensar no Impacto Real da Pesquisa

No Episódio 49 do Fronteiras da Engenharia de Software, tivemos a honra de conversar com Edson Oliveira Junior, professor e pesquisador com ampla experiência em engenharia de software. Ao responder sobre a próxima fronteira da engenharia de software, ele compartilhou visões profundas sobre dois grandes temas que estão moldando o futuro da pesquisa e da tecnologia: ciência aberta e o uso crescente de inteligência artificial (IA) nos projetos de engenharia de software.


Confira em 
https://dev.to/fronteirases/ciencia-aberta-um-chamado-para-pensar-no-impacto-real-da-pesquisa-4m11